- The Bull Pub Granja Viana
Escola Cervejeira Alemã: descubra a versatilidade e pureza dessas bebidas
No mês de outubro, comemora-se o Oktoberfest - festa tradicional da cerveja alemã. Entenda a variedade de estilos e saiba onde comprar!
Cerveja é um alimento antigo e até hoje popula os corações de muitos de nós. Descoberta meio por acaso, hoje em dia já são incontáveis tipos, sabores e marcas da bebida. Com o passar dos anos, cada povo incorporou técnicas locais, o que, muito tempo depois, originou as escolas cervejeiras.
Cada região, com a sua sutileza, tornou as cervejas muito diferentes entre si, caracterizando os seus estilos. Com o tempo essa sedimentação de estilos originou o que se chama hoje de “escolas cervejeiras”, ou seja, nações passaram a ser referência em cerveja. Atualmente, as escolas são: Alemã, Belga, Inglesa e Americana. E pasmem! Alguns países também buscam seu lugar ao sol, e até o Brasil tem um estilo provisoriamente reconhecido, denominado Catharina Sour.
Pensando nisso, o The Bull Pub Granja Viana, criou uma campanha especial de dicas e curiosidades para os amantes da cerveja que desejam entender um pouco mais sobre esse mundo repleto de cultura e curiosidades. No mês de outubro, aproveitando as comemorações de Oktoberfest, o assunto é a Escola Alemã - uma das maiores e mais conhecidas. Mas afinal, o que as bebidas desta nação têm de tão especial?
Escola Cervejeira Alemã
A Escola Cervejeira Alemã é uma das mais conhecidas porque a cerveja surgiu com a expansão do Império Romano, na região onde a Alemanha localiza-se atualmente. Desde essa época, os povos europeus são grandes produtores de cerveja.
É importante ressaltar que na Idade Média, monges e freiras eram os responsáveis pelo avanço do conhecimento em diversas áreas - de teologia, aos processos de produção da cerveja e seus ingredientes. Com o crescimento da demanda, o mosteiro aumentou a produção - mas, até então as cervejas eram temperadas com uma mistura de diversos tipos de ervas e especiarias.
Lei da Pureza Alemã
Com o passar dos anos, as técnicas de produção de cerveja evoluíram e os governantes viram a necessidade de padronizar. Foram muitas tentativas, até que em 23 de abril de 1516 foi promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera a primeira lei de grande amplitude territorial regulamentando a produção de cerveja: a famosa Reinheitsgebot, ou Lei de Pureza Alemã - a lei de alimentos mais antiga do mundo.
Entre as restrições estão a estipulação do uso de apenas três ingredientes: água, malte e lúpulo. A Alemanha usa esse texto até hoje, mas fez algumas alterações para uma melhor adaptação ao mundo atual. Entre eles a inclusão da levedura - ingrediente que não era conhecido na época de promulgação da lei.
As cervejas alemãs têm como característica a eficiência e qualidade técnica, porém com pouco espaço para criatividade. Diferente da Escola Belga, não se admite a adição de frutas ou especiarias. As leveduras utilizadas nas cervejas germânicas também são de caráter límpido - sem resíduos aromáticos.
Existem muitas justificativas para o desenvolvimento desse padrão. Um deles é que essa foi uma forma de proteger a produção de pães e evitar o uso do trigo, assim como inibir a mistura de ingredientes tóxicos como a fuligem de cal, ou alimentos que fariam da bebida algo com baixa qualidade como o arroz e o milho.
Enfim, independentemente do seu estilo favorito, é importante reconhecer que essa lei estabeleceu rumos para a produção das cervejas alemãs. E não se engane ao pensar que essas cervejas não são diferentes - imagine só ter que se reinventar com apenas quatro ingredientes - pois bem, os alemães fazem isso muito bem!
“É interessante notar como escassez e abundância são ótimos ingredientes para a criatividade cervejeira. Enquanto na Escola Belga, o mestre cervejeiro tem liberdade para ousar e utilizar os mais diversos ingredientes, os alemães usaram a criatividade para tentar obter o mesmo resultado usando apenas os quatro ingredientes clássicos. Esse processo teve também uma repercussão muito positiva no desenvolvimento do maquinário cervejeiro”, explica Paula Damaa, beer sommelièr e mestre em estilos.
“Vale ressaltar que a chamada Lei da Pureza marcou e ainda marca profundamente a escola alemã, mas, não significa que hoje os mestres cervejeiros alemães estejam proibidos de utilizar outros ingredientes”, acrescenta Cesar Augusto Garcia Filho, beer sommelier e mestre em estilos.
Cervejas Lager
Lager é um tipo de fermentação descoberta da necessidade de conseguir armazenar as cervejas por mais tempo. A técnica se popularizou e hoje em dia, essas são cervejas leves, com foco em aroma e sabor do malte e um leve toque de lúpulo.

A popularidade do estilo foi tão grande que até impulsionou a indústria de copos de vidro - afinal, quem bebia a cerveja queria apreciar a cor dourada e agradável da bebida.
É importante saber que com o tempo, foram desenvolvidas cervejas lagers escuras, tais como Dunkel e Schwarzbier. E, as cervejas mais robustas denominadas de Bock. Assim como outros estilos tradicionalmente alemães como German Pils, Munich Helles, Märzen, Vienna Lager, Weissbier.
Quais são os estilos alemães mais relevantes?
German Pils: cerveja leve de coloração amarelo palha, com boa formação de espuma, aroma e sabor moderados de lúpulo, com sutis notas florais e herbais, acompanhadas de pão e biscoito. Alto drinkability- ou seja, é de fácil degustação - além de ser super refrescante. Maravilhosa para os quentes dias brasileiros.

Weissbier: tradicionalíssima cerveja de trigo alemã, que durante muito tempo foi reservada apenas para a realeza bávara devido ao alto custo do trigo na época. Cerveja de alta fermentação e de coloração amarelo a dourado, refrescante, pouco lupulada, com notas de cravo e banana provenientes da levedura.
Vienna Lager: cerveja de coloração cobre a marrom-avermelhado, com boa carbonatação e suaves notas tostadas. Ótima para harmonizar com massas acompanhadas de molho vermelho e aves assadas.

Berliner Weisse: cerveja de fermentação híbrida (levedura ale e bactérias lácticas), têm a cor amarelo palha e uma acidez agradável, refrescante e de baixo amargor. Ótima para dias quentes à beira da piscina. Na Alemanha é comum ser servida com xarope de framboesa.
Gose: estilo bem próximo da Berliner Weisse, e que tem a semente de coentro e o sal como características marcantes. Cerveja de trigo ácida com alta carbonatação, geralmente possui acidez láctica, refrescante e com notas herbais de semente de coentro, e, notas levemente salgadas.
Rauchbier: estilo tradicional da região de Bamberg. Clássica cerveja com notas defumadas que remetem a bacon e embutidos. A coloração pode variar bastante, mas o ponto central é a nota de fumaça e o aroma defumado. É a harmonização certeira para assados.
É bacana pensar na variedade de sabores, culturas e experiências que apenas uma cerveja pode proporcionar não é mesmo?
Oktoberfest
A maior festa de cerveja do mundo. Sim, a Oktoberfest é alemã. Foi uma festa de casamento que deu tão certo que ainda se repete. Normalmente, começa no final de setembro e dura cerca de 16 dias. São diversas opções da bebida, comidas e shows típicos e muita tradição.
O The Bull Pub vai aproveitar o tema para organizar uma festa da cerveja na Granja Viana! Acompanhe as novidades nas redes sociais da casa.